Conheça a Psicologia Positiva e veja o que ela tem em comum com o Coaching e a PNL
- Simone Alves
- 17 de nov. de 2013
- 3 min de leitura
E se os psicólogos parassem de perguntar “o que há de errado com as pessoas?” e perguntassem “o que as pessoas de sucesso têm?”? É essa mudança de paradigma que a Psicologia Positiva propõe: buscar, entender e desenvolver as características que nos transformam em pessoas bem sucedidas, considerando, claro, o que significa ser bem sucedido para cada pessoa.
Pensamento positivo?
Nem a cultura popular não estava tão errada assim, nem a Psicologia Positiva se resume apenas ao pensamento positivo. “Há duas maneiras de melhorar nosso bem-estar: uma é nos livrarmos das coisas negativas da nossa vida, a outra é fortalecer o que há de positivo. A Psicologia Positiva enfatiza a segunda”, afirma Margaret Moore, codiretora da Escola Médica de Harvard.
A ideia é focar nos pontos fortes dos clientes e desenvolvê-lo com vistas a uma vida mais realizada na família, no trabalho, no amor.
Psicólogos dessa linha acreditam que os pontos positivos merecem ser trabalhados tanto quanto os negativos. No entanto, vale ressaltar que a Psicologia Positiva não desconsidera os problemas e pontos negativos do sujeito. O professor de Psicologia da Universidade de Michigan Christopher Peterson enfatiza: “O valor da Psicologia Positiva está em complementar e estender a Psicologia focada no problema que tem sido dominante por muitas décadas”.
Moore estabelece quatro práticas gerais da Psicologia Positiva:
Conhecer suas forças virtudes;
Expressar gratidão – agradeça às pessoas que te ajudaram a realizar algo;
Reconhecer o que há de bom – pode-se escrever sobre eventos positivos e identificar o que os causou;
Estabelecer objetivos – é importante ter um propósito e trabalhar em direção a ele, pois mesmo que não seja alcançado, o processo de busca em si é valioso para o desenvolvimento pessoal.
A importância da Psicologia Positiva no Coaching
O Coaching, como já falamos um pouquinho no artigo “Mulher moderna”, busca estabelecer objetivos claros, traçar estratégias para que eles sejam alcançados e entender o que pode ajudar e atrapalhar nessa empreitada. É em “ajudar” que a Psicologia Positiva entra, pois enquanto a Psicologia Positiva procura conhecer as virtudes que o indivíduo tem para se alcançar a felicidade, o Coaching busca executar esse conhecimento. Além disso, ambos partem do princípio de que todos os indivíduos têm as ferramentas necessárias e são capazes de alcançar estes objetivos.
Outro ponto onde o Coaching pode se beneficiar da Psicologia Positiva é o fato de ela se basear em pesquisas práticas. Martin Seligman, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e considerado o pai da Psicologia Positiva contemporânea, afirma que por ser uma ciência, a Psicologia Positiva se baseia em experiências práticas, observáveis, controladas com grupos-placebo, entre outros aspectos que atestam a confiança dos resultados. Para Ilona Boniwell, professora da Universidade de Londres Leste, este ponto é especialmente importante porque são poucos os artigos sobre Coaching que obedecem ao rigor que a pesquisa científica exige. O suporte teórico da Psicologia torna-se um instrumento valioso.
A Psicologia Positiva também está ligada diretamente a uma ferramenta importante no Coaching, a chamada programação neurolinguística ou PNL.
A Psicologia Positiva e a PNL
Agora que conhecemos um pouco mais da Psicologia Positiva, vamos conhecer a PNL. A PNL é um modelo que permite estudar o funcionamento atual da mente e altera-lo de acordo com nossos objetivos, aperfeiçoando nossas interações com o mundo ao nosso redor. Essa parte de “alterar” se refere à “programação”: somos capazes mudar aquilo que é um empecilho ao nosso desenvolvimento. Já o “neuro” se refere ao processamento de informações que nosso cérebro recebe.
Uma parte importante da PNL para a Psicologia Positiva é o lado “linguístico”. A PNL preocupa-se com os significados que damos às palavras e à nossa comunicação com os acontecimentos ao nosso redor. A PNL possui técnicas para promover a ressignificação das nossas vivências.
Outro ponto em comum que a PNL tem com a Psicologia Positiva é olhar o sujeito como um ser que já possui os recursos necessários à mudança. Também na PNL não existe o fracasso, pois todos os resultados, mesmo os não desejados, tornam-se ferramentas para o aprendizado e contínuo desenvolvimento do ser humano. Pode-se perguntar “em que ponto houve algo que impediu a realização completa?” ou “quais virtudes que tenho que não usei e poderia ter usado?”.
Como se vê, a Psicologia Positiva perpassa todo o processo de mudança proposto pelo Coaching e a PNL e quem usufrui desses processos percebe uma melhora significativa em suas vidas.